segunda-feira, 13 de abril de 2015

Tu, só tu...somente tu...









Tu, só tu...somente tu... 

Olhos cheios de vida, repletos de luxúria que inunda o meu ser, tornas-me tua e fazes-me gemer... de dor e prazer, o teu toque e tão intenso... tão quente que marcas a tua mão na minha pele, no meu corpo, na minha alma, marcas-me para que vejam que sou tua, para que vejam que não tenho oportunidade de escolha. Os meus olhos transbordam de amor por ti e ao mesmo tempo o meu coração expõe o ódio que sinto por ti, o desprezo que sinto quando me viras a cara mistura-se com a vontade de te ter naquele momento, elevas-me ao mais alto nível ao mesmo tempo que me destróis, tudo o que era, tudo o que sou e tudo o que viria a ser, aniquilas a minha capacidade de pensar, a tua droga... Deixas-me inerte... Anestesiada... deixas-me louca por ti, louca para te ter, louca para acabar com a tua vida, louca de desespero... louca de amor... Esta prisão que criaste para nós, na qual não tive escolha... Amarraste os meus pulsos, vendaste os meus olhos, e agora? Sim... tens medo? Medo do monstro que criaste? Não tenhas medo... Todo o tempo em que me consumiste sem remorsos, todo o tempo que me fizeste implorar por ti, todo o tempo... todo o tempo que vi passar, todos os segundos, todos os minutos, todas as horas, dias sem fim... sem ti... Não temas... Sou tua... e agora que me levantei, inerte a dor causada por ti, tens medo? Não tenhas... Vem, vem agora... Agora és meu... Para todo o sempre, não vais escapar...  
Amo-te

Na Du Kat

sábado, 11 de abril de 2015

Grito


Grito em silêncio... 
Ninguém me ouve, ninguém sequer repara... Os meus olhos estão vazios de vida e a minha pele pálida, não sinto nada, não vejo nada, estou inerte... anestesiada de emoções ou de qualquer tipo de vontade de viver, apática... Sinto-me perdida dentro de mim mesma... e a culpa é tua... levaste contigo a minha vontade de viver, levaste o meu coração... a minha alma... a minha vida... 
Fizeste questão de deixar a tua marca no meu corpo, fizeste questão que eu nunca mais consiga esquecer a tua breve passagem, fizeste questão de te marcar em mim, lembro-me da dor, lembro-me do teu doce amor, lembro-me do meu sangue ainda morno a escorrer, lembro-me do prazer absurdo que sentiste, lembro-me do sorriso macabro nos teus lábios, lembro me de olhares nos meus olhos, e com as tuas mãos cobertas com vida que me roubavas tocaste-te no meu rosto ao mesmo tempo que disseste me que amavas... Lembro-me de te levantares e olhares para a porta, lembro-me de dizeres adeus, lembro-me de olhar para ti, lembro-me do meu corpo paralisado, lembro-me de te ver ir embora, lembro-me do frio... do frio que senti no momento que partiste, lembro-me de gritar!!!! Grito silencioso que ninguém ouviu, ninguém reparou... 
Deixaste-me... 

NaDuKat

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Conheço-te



Conheço-te... 


Como a palma das minhas mãos, conheço-te por dentro, conheço-te por fora... Somos iguais... Cada vez que olho para ti, e como se me olhasse ao espelho e em vez de ver a minha imagem reflectida, vejo a minha alma... Alma mórbida cheia de segredos escondidos... segredos que jamais podem ser revelados, sinistros... Pincelados de vermelho e com sabor acido, sabor que carregas em ti, que transporto em mim, o doce veneno que contamina, vicia, que mata lentamente as nossas presas...
A satisfação no teu olhar cada vez que uma delas cai, moribunda, a contorcer-se sem fim... Esta caça incessante que fazemos... que somos obrigados... que não conseguimos terminar, nunca nos é permitido parar... 
Cada vez que olho nos teus olhos sinto o monstro que existe em mim... vejo o monstro que existe em ti, satisfaz me o que vejo, o que sinto...
Não quero parar... não podes parar... nunca to permitirei... 
Até ao fim....

NaDuKat

Por ti...



Se fosse possível exprimir por palavras o que me fazes sentir, seria tudo mais fácil, não sei se te amo ou se te odeio, nem sei o que me fizeste, não sei o que sou, tu matas-me aos poucos e quando a ultima lufada de ar que me abandonar reavivas-me violentamente, fazes me sofrer quando me amas.

Diz-me o que queres de mim! sinto uma corda no meu pescoço cada vez que olhas para mim, sou o teu passado e o teu presente, sou as escolha certa com as consequências errada, sou tudo e não sou nada, sou a brisa que toca no teu rosto quando beijas outra boca, quando saboreias viciosamente outro corpo.
Sinto o meu peito aberto... consigo ver o prazer que sentes à medida que arrancas o meu coração com as tuas próprias mãos... Observas me atentamente, e adoras ver o vazio nos meus olhos à medida que a vida me abandona, matas-me... e eu adoro...

NaDuKat