sábado, 11 de abril de 2015

Grito


Grito em silêncio... 
Ninguém me ouve, ninguém sequer repara... Os meus olhos estão vazios de vida e a minha pele pálida, não sinto nada, não vejo nada, estou inerte... anestesiada de emoções ou de qualquer tipo de vontade de viver, apática... Sinto-me perdida dentro de mim mesma... e a culpa é tua... levaste contigo a minha vontade de viver, levaste o meu coração... a minha alma... a minha vida... 
Fizeste questão de deixar a tua marca no meu corpo, fizeste questão que eu nunca mais consiga esquecer a tua breve passagem, fizeste questão de te marcar em mim, lembro-me da dor, lembro-me do teu doce amor, lembro-me do meu sangue ainda morno a escorrer, lembro-me do prazer absurdo que sentiste, lembro-me do sorriso macabro nos teus lábios, lembro me de olhares nos meus olhos, e com as tuas mãos cobertas com vida que me roubavas tocaste-te no meu rosto ao mesmo tempo que disseste me que amavas... Lembro-me de te levantares e olhares para a porta, lembro-me de dizeres adeus, lembro-me de olhar para ti, lembro-me do meu corpo paralisado, lembro-me de te ver ir embora, lembro-me do frio... do frio que senti no momento que partiste, lembro-me de gritar!!!! Grito silencioso que ninguém ouviu, ninguém reparou... 
Deixaste-me... 

NaDuKat

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